
O Projeto de Lei Antifacção aprovado pela Câmara dos Deputados enfraquece os órgãos federais responsáveis pelo combate ao crime organizado. A afirmação é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo o titular da pasta, o substitutivo do deputado federal Guilherme Derrite, do PP de São Paulo, tira recursos da Polícia Federal e da Receita Federal, ao alterar regras de destinação de bens apreendidos.![]()
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“Nós não podemos deixar essas operações serem enfraquecidas por um relatório açodadamente votado, sem que os especialistas fossem ouvidos, sem que os órgãos fossem ouvidos adequadamente, à luz do dia, em audiência pública, para que todo mundo tenha conhecimento do que aconteceu”, destacou o ministro.
Haddad também disse que a proposta, da maneira como foi aprovada, facilita a vida dos criminosos:
“Por melhor que tenha sido a intenção, ela vai na direção absolutamente contrária do que se pretende. Ela facilita a vida dos líderes do crime organizado, asfixia financeiramente a Polícia Federal e fragiliza as operações de fronteira da Aduana, que é da Receita Federal. Então, nós estamos realmente na contramão do que nós precisamos. Nós fizemos vários gestos, vários apelos, que não foram ouvidos.”
O presidente Lula também se manifestou sobre o assunto e afirmou que o texto aprovado “enfraquece o combate ao crime e gera insegurança jurídica”.



