A apreensão de armas de uso militar, como fuzis, submetralhadoras e metralhadoras cresceu 11 vírgula quatro porcento no Sudeste, entre 2019 e 2023. O número passou de mil 494 para mil 665 unidades, segundo levantamento inédito do Instituto Sou da Paz.![]()
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No total de mais de sete mil armas recolhidas na região, esse tipo de armamento saltou de três para quatro e meio por cento. Para a diretora de projetos do Instituto Sou da Paz, Natália Pollachi, apesar do percentual minoritário, qualquer aumento de percentual é significativo, porque são armas que permitem uma ação mais complexa do crime organizado.
Entre os estados do Sudeste, o Rio de Janeiro lidera as apreensões, seguido de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. Dentro do período estudado, o estado capixaba foi o que teve maior salto nas apreensões deste tipo de arma, com crescimento de 467 porcento, enquanto o Rio registrou alta de 32 porcento. Natália Pollachi explica que uma soma de fatores justifica esse aumento.
Além da facilidade no mercado interno, pesa também a produção ilegal, como destaca a diretora do Instituto Sou da Paz
A sofisticação do crime organizado, com a entrada em mercados legais, e a internacionalização facilitam o acesso a recursos para a compra de armas e alternativas de rotas de fornecimento desses armamentos, completa Natália Pollachi.
A pesquisa “Tiro no escuro: A ascensão de armas de fogo de estilo militar no crime em meio a falhas regulatórias e deficiência de dados no Brasil” foi publicada em revista eletrônica da London School of Economics.





